sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Matéria que saiu no Paraná

Sei que já é velha, mas é da época do Cine Cocó.

A turma do Cocoricó encantada com o grafite da Nina Pandolfo e do Finok.

Filme

Cocoricó até a alma!

As exibições serão no cinema, mas esta versão que estreia hoje de Cocoricó, ainda não é uma obra cinematográfica
16/07/09 às 17:57 | Adriane Perin
A turminha da fazenda parte para a cidade grande em busca de diversão, em sessões no cinema (foto: Divulgação)
As exibições serão no cinema, mas esta versão que estreia hoje de Cocoricó, ainda não é uma obra cinematográfica. Mas, ela virá. É a próxima etapa do projeto da equipe dirigida por Fernando Gomes. Nesta aventura, a turma toda sai da fazenda e vai dar uma volta pela cidade. Gancho, explica o diretor, dado pela própria versão original, feita para a TV Cultura, em cujas próximas temporadas a moçadinha do sítio faz o mesmo passeio. “Serão nossas primeiras gravações em HD, mas o mote é mesmo que o programa mudou a cara e, por mais que a gente respeite o perfil dos personagens, muda cenários, entram novas figuras e isso tudo dá outra cara para a produção. O cinema vai pegar toda essa nova etapa”, comenta Gomes. “Não é um longa do Cocoricó. Este é um sonho que está cada vez mais próximo de ser realizado, mas pegamos cinco episódios da futura temporada e vamos exibir em primeira mão no cinema”, complementa, ressaltando a qualidade técnica da captação em alta definição. “E é uma produção que cabe no cinema. Na minha cabeça são três grandes destinos o do Cocoricó: livro e teatro que já saíram e são sucessos e o cinema que virá. No teatro estamos em cartaz desde o ano passado em São Paulo”, conta.
Agora é pensar no cinema, mas Gomes sabe que é uma produção cara. Só de atores são 14 pessoas. O Cocoricó está fazendo o caminho natural dele. E é o momento para o cinema”, aposta. Ele trabalha com a mesma equipe em todos os suportes. E, mesmo sendo profissionais com carreiras paralalelas, o envolvimento com o programa é evidente. “No teatro desde dezembro só duas pessoas do elenco original saíram”.
O diretor conta que o argumento para o longa já está até pronto e semi - aprovado. “De maneira otimista, quem sabe entremos no filme ano que vem, pensanso nas férias seguintes”, diz.
Correria – Deve ser uma loucura tantos braços do mesmo projeto, com a mesma equipe. “Fico bem louquinho. Agora estamos gravando o que falta da temporada, ja pensando nas futuras; reuniões de produção, edição de vídeo. E nos sábados e domingos vamos para o teatro. Estou Cocoricó até a alma”, diz. E a família? “Ah, eles tem que entender, né. Minha mulher é atriz também, então quando é possível ela está por perto”, fala ele, que sempre trabalhou em várias coisas ao mesmo tempo.
Este pode ser considerado o auge de Gomes, que “nasceu” na TV Cultura. Ele faz parte da equipe desde a criação do Cocoricó. E é o criador da maioria dos bonecos-personagens. “É mais fácil dizer qual não fui eu”. Artista plástico e formado em teatro, ele não tinha pensado em trabalhar na televisão. A admiração por programas da própria Cultura é que o conduziram a isso, lem- bra. Mesmo adulto ele era fã de programas da Cultura, como Bambalalão.
Gostava tanto dos bonecos que um dia se meteu a fazer um. “Foi só por farra”, garante. Uma dia, conta, em um teatro uma voz familiar lhe chamou a atenção. Só que ele não consguia ligar a voz à pessoa. “Depois me caiu a ficha de que era uma manipuladora do Bambalalão, Nenélia de Carvalho. Contei que tinha feito um boneco e ela pediu pra ver”.
Resumindo, Nenélia o levou para o meio de “meus ídolos”. “Me ligaram, primeiro cobri férias e depois acabei ficando”, conta ele que também já dirigiu o programa da Eliana, na Record. Mas foi mesmo na Cultura que deixou sua marca. Já fez de tudo n os programas infantis.

Cine — É a primeira vez, em 13 anos de história, que as aventuras de Júlio e sua turma poderão ser acompanhadas fora da TV. Cine Cocoricó: As Aventuras na Cidade – cinco episódios inéditos da nova temporada – entra em cartaz nas salas do circuito Rain em São Paulo, Campinas, Taubaté, Jundiaí, Santos, São Vicente, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba.
O projeto é uma parceria da TV Cultura com a Movie Mobz, distribuidora de filmes digitais. Cícero Feltrin, diretor de captação e marketing da Cultura, considera a ida de Cocoricó para o cinema uma demanda do mercado. “A evolução tecnológica, com a gravação da série em HDTV, permitiu essa ida para a tela grande”.

A trajetória do Cocoricó depois da estreia do cinema será longa. Será oferecido em pay per view, em julho e agosto. No começo de setembro sai em DVD e, no mês de outubro, estreia na TV Rá Tim Bum. Na TV aberta, só em 2010 as aventuras urbanas de Júlio e seus amigos entram na programação da TV Cultura.
Nova temporada — Na nova temporada, Júlio vai passar as férias na cidade grande junto com o cavalo Alípio e as galinhas Zazá e Lilica. “Imagine um cavalo andando de escada rolante”, sugere Gomes. Na cidade grande, a galera conhece pessoas de tribos diferentes, como punks e emos. A nova temporada também tem novos personagens: Noel (pai de João, primo de Júlio), Dora (mãe de João), Rodolfo (irmão bebezinho de João), Dorivaldo (porteiro do prédio onde mora João), Vitória (uma menina pela qual João se apaixona), o cachorro Esfarrapado e o rato Roto.

O Cocoricó é um dos programas infantis mais premiados da TV brasileira. Foi vencedor do 4º Festival Internacional de Cinema para Crianças e Jovens do Prêmio Unesco, de 1997. No Brasil, ganhou o Prêmio APCA, também em 97, como melhor programa infantil de TV. Em 2004, foi a vez de o programa levar o 7º Festival de Cinema Infantil da Cidade de Guayana, na Venezuela, nas categorias de melhor série de televisão e melhor música. Em 2006, o Cocoricó foi vencedor do 1º Festival Prix Jeunesse Ibero-americano.
O programa já vendeu 800 mil DVDs e, em agosto, será lançada a nova temporada. O Cocoricó também já foi editado em livros – 1 milhão de exemplares – pelas Editoras Globo e Melhoramentos. Mais de 500 mil produtos com personagens do programa foram vendidos.



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