terça-feira, 31 de maio de 2011

Saiu no JT

Cocoricó faz 15 anos de diversão
27 de maio de 2011
JULIANA FADDUL
“Quem conhece a gaita já sabe quem está chegando…”. É bem provável que quem viveu a infância nos anos 1990 e 2000 tenha corrido para a frente da TV ao ouvir a estrofe da música de abertura do ‘Cocoricó’. No ar desde 1996, na TV Cultura, a trupe comemora os 15 anos da atração com uma nova temporada, que estreia no dia 11 de junho.
A carreira do protagonista Júlio começou em 1989, quando participou do especial de natal ’Um Banho de Aventura’, também da TV Cultura. “Assim como todo ator, ele ficou um tempo desempregado”, fala o manipulador do boneco e diretor do programa, Fernando Gomes.
Juntos, eles gravam o programa de segunda a sexta-feira, das 14h às 20h. O emprego foi conquistado em 1996, para substituir o ‘Glub Glub’. Gomes já trabalhava na emissora desde 1986, no extinto ‘Bambalalão’.
Amante do universo infantil, esse garoto de 50 anos se encontrou no mundo das crianças. E conquistou outros cargos na emissora, além de manipulador, confeccionista de bonecos e diretor da atração.
“Minha vida continua normal. Quando assumi a função de gerente do núcleo infanto-juvenil da TV Cultura, a direção sabia do meu compromisso com o Cocoricó”. Nos minutos que antecedem o início das gravações, Gomes se preocupa com as cenas e o roteiro, enquanto o resto do elenco aquece a voz.
Quando encara o personagem, às vezes, o elenco é flagrado resolvendo pequenos problemas com a voz das figuras que interpretam. “Oi? Quem são vocês? Por que você não me avisou que a imprensa viria aqui? Eu teria me arrumado!”, fala Caco, ou melhor, a manipuladora Neusa de Souza, 45, que também empresta a voz à galinha Zazá e a menina Dora.
Após a devida apresentação, a voz estridente do papagaio Caco dá lugar ao timbre mais grave de Neusa. “Sou atriz desde os 15 anos. Mas trabalhar com bonecos é mágico. Você pode ser qualquer coisa”, fala.
Os bonequeiros também precisam alongar os braços. O motivo é a altura dos cenários, que ficam suspensos a, aproximadamente, 1,20m do chão. “É para facilitar nossa locomoção. Mesmo se ficássemos sentados, numa cadeira com rodinhas, seria mais difícil ”, explica Gomes.
Enquanto os manipuladores conversam, é difícil olhar nos olhos deles sem pensar nos bonecos. “Quando alguma criança vem nos visitar, nós não escondemos que manipulamos os bonecos. Eu tiro o Júlio do saco e monto na frente dela. Aí, falo com a criança”, revela. “Mas elas não me enxergam mesmo. Só enxergam o Júlio”, completa.
Para elaborar o roteiro, Fernando Gomes conta com a ajuda de professores e psicólogos. “Eles nos mostram os prós e os contras de cada tema sugerido”, diz o diretor. Para ver essa turma em ação, assista aos próximos episódios do ‘Cocoricó’, que vai ao ar pela TV Cultura, às 11h15, a partir do dia 11 de junho.



A matéria é legal. Valeu Juliana, mas valem pequenas correções:
- Confeccionador de bonecos;
- A "Dora" no programa não é uma menina e sim a tia do Júlio e mãe do João;
- Quando eventualmente alguma criança aparece no estúdio, apresentamos os personagens mesmo sem esconder os manipuladores, mas só aparecemos na frente das crianças já com o personagem vestido nas mãos e "com vida". Não montamos na frente da criança;
- Mais do que "elaborar o roteiro" (pois não sou roteirista), temos uma equipe grande para escolher os temas de cada programa;
- e no box abaixo da matéria se comenta que o programa começou com uma câmera e hoje usa quatro. É um engano, já que é exatamente o contrário. Fazemos o programa com apenas uma câmera.
Bom, é isso!

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