Taí um personagem que só me deu alegria na vida...
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Um bolo de paçoca... e o melhor: é muito bom!!!
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Ao mestre com carinho (I)
Roubei o nome do filme só pra ficar mais claro o que vem por aí.
Costumo contar em vários lugares que minha fonte inspiradora como profissional de bonecos foi um cara chamado Chiquinho Brandão.
Pois é... é esse cara aqui em baixo, nesta foto, segurando aquele que foi com certeza seu maior sucesso como boneco: o "Bambaleão".
Mas o Chiquinho não era só um grande manipulador de bonecos. O Chiquinho era um artista especial. Ele era muito bom em tudo que se aventurava fazer artísticamente.
Pra quem não sabe, Chiquinho era músico, que entre outras, tocou com a Elis Regina. Imaginando o quanto exigentes eram Elis e César Camargo Mariano, dá pra se ter ideia se o cara tinha talento ou não.
Chiquinho era um puta ator. Fez coisas deliciosas, tanto em TV, quanto no cinema ou no teatro. Só pra citar alguns personagens inesquecíveis do Chico em cada área, no teatro vamos de "Bugrelau" do espetáculo "Ubu, Folias Físicas, Patafísicas e Musicais" do Grupo Paulistano "Ornitorrinco" e também interpretando "O Amigo da Onça" de Chico Caruso e direção de Paulo Betti. (foto abaixo e à esquerda)
No cinema, o protagonista de "Beijo 2348/72" de Walter Rogério.
Impagável e genial. (foto ao lado com Maitê Proença)
E na TV, o nosso bom e velho "Professor Parapopó" do Bambalalão da TV Cultura. (Vale muito a pena ver esse vídeo, que mesmo muito antigo, da fase inicial do programa, dá pra ver um pouquinho da genialidade do Chico.)
Quando vi esse programa para crianças pela primeira vez já era um adulto, terminando Faculdade.
Sem muita explicação comecei a ver com mais frequência, passei a gravar o programa para não perder nenhum e aos poucos fui descobrindo que dentre tantos personagens muito legais que existiam no "Bambalalão", os meus preferidos eram os bonecos manipulados.
Maria Balinha e uma turma de malucos de espuma, que eram capitaneados pela também "Mestra", Memélia de Carvalho.
No meio desse time de personagens fantásticos, alguns me batiam de forma muito especial.
O Bambaleão, o João Balão, o Tenório Dedalino e um que não era boneco e sim um personagem interpretado por um ator caracterizado com um nariz de Groucho Marx: O Prof. Parapopó.
O que todos tinham em comum?
Todos eram interpretados pela mesma pessoa - Chiquinho Brandão.
Por causa desse cara, caí na TV e lá se vão 27 anos.
Até então nunca havia pensado em trabalhar em TV, ser "artista", mas admirava muito o que ele fazia.
Por outros caminhos do destino conheci o povo do programa e a sorte fez com que me convidassem a fazer parte do grupo. Entrei muito orgulhoso de estar com as pessoas que até bem pouco tempo eram meus ídolos.
Vale aqui um reconhecimento sincero e importante: devo todo agradecimento e carinho à "maluca" Memélia de Carvalho que abriu de coração, espaço em seu quadro de bonecos no programa para me receber e contracenar comigo ainda completamente verde e sem experiência. Sem ela provavelmente eu jamais faria TV na minha vida.
Continuando, tive a honra de contracenar com o Chiquinho e conhecê-lo melhor, mas era uma época que ele estava dando novos vôos. Foi fazer novela na Rede Manchete e logo depois Globo. E foi quando estava na Globo, fazendo uma mini série chamada "Sorriso do Lagarto" que perdemos o Chiquinho num acidente de carro.
Tenho certeza de que o Chico nunca imaginou (e provavelmente nem quis) ser Mestre de alguém, mas a verdade é que, sim, o considero Meu Mestre. E torço pra que ele sabendo disso, esteja onde estiver, tenha algum orgulho dos trabalhos que tenho realizado.
Valeu Chico!
Costumo contar em vários lugares que minha fonte inspiradora como profissional de bonecos foi um cara chamado Chiquinho Brandão.
Pois é... é esse cara aqui em baixo, nesta foto, segurando aquele que foi com certeza seu maior sucesso como boneco: o "Bambaleão".
Mas o Chiquinho não era só um grande manipulador de bonecos. O Chiquinho era um artista especial. Ele era muito bom em tudo que se aventurava fazer artísticamente.
Pra quem não sabe, Chiquinho era músico, que entre outras, tocou com a Elis Regina. Imaginando o quanto exigentes eram Elis e César Camargo Mariano, dá pra se ter ideia se o cara tinha talento ou não.
Chiquinho era um puta ator. Fez coisas deliciosas, tanto em TV, quanto no cinema ou no teatro. Só pra citar alguns personagens inesquecíveis do Chico em cada área, no teatro vamos de "Bugrelau" do espetáculo "Ubu, Folias Físicas, Patafísicas e Musicais" do Grupo Paulistano "Ornitorrinco" e também interpretando "O Amigo da Onça" de Chico Caruso e direção de Paulo Betti. (foto abaixo e à esquerda)
No cinema, o protagonista de "Beijo 2348/72" de Walter Rogério.
Impagável e genial. (foto ao lado com Maitê Proença)
E na TV, o nosso bom e velho "Professor Parapopó" do Bambalalão da TV Cultura. (Vale muito a pena ver esse vídeo, que mesmo muito antigo, da fase inicial do programa, dá pra ver um pouquinho da genialidade do Chico.)
Quando vi esse programa para crianças pela primeira vez já era um adulto, terminando Faculdade.
Sem muita explicação comecei a ver com mais frequência, passei a gravar o programa para não perder nenhum e aos poucos fui descobrindo que dentre tantos personagens muito legais que existiam no "Bambalalão", os meus preferidos eram os bonecos manipulados.
Maria Balinha e uma turma de malucos de espuma, que eram capitaneados pela também "Mestra", Memélia de Carvalho.
No meio desse time de personagens fantásticos, alguns me batiam de forma muito especial.
O Bambaleão, o João Balão, o Tenório Dedalino e um que não era boneco e sim um personagem interpretado por um ator caracterizado com um nariz de Groucho Marx: O Prof. Parapopó.
O que todos tinham em comum?
Todos eram interpretados pela mesma pessoa - Chiquinho Brandão.
Por causa desse cara, caí na TV e lá se vão 27 anos.
Até então nunca havia pensado em trabalhar em TV, ser "artista", mas admirava muito o que ele fazia.
Por outros caminhos do destino conheci o povo do programa e a sorte fez com que me convidassem a fazer parte do grupo. Entrei muito orgulhoso de estar com as pessoas que até bem pouco tempo eram meus ídolos.
Vale aqui um reconhecimento sincero e importante: devo todo agradecimento e carinho à "maluca" Memélia de Carvalho que abriu de coração, espaço em seu quadro de bonecos no programa para me receber e contracenar comigo ainda completamente verde e sem experiência. Sem ela provavelmente eu jamais faria TV na minha vida.
Continuando, tive a honra de contracenar com o Chiquinho e conhecê-lo melhor, mas era uma época que ele estava dando novos vôos. Foi fazer novela na Rede Manchete e logo depois Globo. E foi quando estava na Globo, fazendo uma mini série chamada "Sorriso do Lagarto" que perdemos o Chiquinho num acidente de carro.
Tenho certeza de que o Chico nunca imaginou (e provavelmente nem quis) ser Mestre de alguém, mas a verdade é que, sim, o considero Meu Mestre. E torço pra que ele sabendo disso, esteja onde estiver, tenha algum orgulho dos trabalhos que tenho realizado.
Valeu Chico!
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